domingo, 15 de julho de 2012

intervalos continuação 5


INTERVALO
É a diferença de altura que ocorre entre duas notas.
Há dois tipos de intervalos, o melódico e o harmônico.
INTERVALO MELÓDICO
Esse tipo de intervalo ocorre quando duas notas são tocadas de maneira sucessiva. Um exemplo de um instrumento
que reproduz exclusivamente intervalos melódicos é voz humana, onde emitimos uma nota por vez.
INTERVALO HARMÔNICO
Ocorre sempre que, pelo menos, duas notas soam simultâneamente. Um exemplo de insrumento que pode
reproduzir um intervalo harmônico é o piano.
Obs.: O pinao pode tocar várias notas simultâneas ou apenas uma nota de cada vez, mas é pelo fato de poder tocar
notas simultâneas que passa a ser considerado instrumento harmônico.
A diferença de alturas ou graus entre duas notas varia e com ela varia igualmente o intervalo.
SEMITOM
É o menor intervalo que pode existir entre duas notas. Essa definição está incompleta por enquanto e no próximo
artigo poderemos saber porque. Ela é, entretanto, aplicada somente à música ocidental, pois em alguns países
orientais, como a Índia, usa-se também o quarto de tom e em outros ainda até mesmo intervalos menores como o
"coma" e o "cent". Mas vamos nos ater apenas aos intervalos ocidentais.
TOM
O tom, nada mais é do que a soma de dois semitons.
IMPORTANTE: Não faça deduções precipitadas, imaginando que entre as 7 notas que você conhece haverá sempre
um TOM ou SEMITOM. Veremos isso mais propriamente já no próximo artigo.
Este assunto é muito mais extenso e terá novos conceitos agregados à medida que caminharmos com o curso.
Procure compreender bem o conteúdo deste e mantê-lo em mente.
LIÇÃO PARA CASA
1. Procure ouvir músicas, identificar os instrumentos que estão tocando e relacione os instrumentos que
emitem notas em intervalos melódicos e instrumentos que emitem notas em intervalos harmônicos.
2. Invente e escreva numa folha pentagramada vários intervalos diferentes, baseados nos acima. Não precisa
se preocupar com a fórmula do compasso. Faça simplesmente seqüência de notas.
3. Conte as linhas e os espaços existentes entre uma e a próxima nota do exercício anterior, contando
inclusive a posição de cada uma delas, não apenas a distancia que as separa. Exemplo: Se tem uma nota
na segunda linha e outra na terceira linha, conte a nota que está na segunda linha como 1 e termine a
contagem na nota que está na terceira e classifique o tipo de intervalo que é (hamônico ou melódico), e o
número que contou entre as notas.
Mais adiante utilizaremos e explicaremos isso, mas você já terá o conceito formado, em mente, o que facilitará
bastante.
Vamos agora incrementar ainda mais nosso conhecimento e logo estaremos aptos a compreender exatamente o que
está escrito nas partituras.
Desde o início, temos falado apenas sobre as "NOTAS NATURAIS" (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si), mas além delas,
existem outros sons denominados de semitom ou meio tom, que começamos a tratar no artigo anterior e que
veremos hoje um pouco mais.
Algumas notas que conhecemos podem sofrer alterações de semitom em sua altura/grau quando necessário.
Essas alterações são indicadas por sinais que antecedem as notas escritas nas partituras. Esses sinais são
chamados de acidentes.
São cinco os acidentes no total. São eles: o sustenido, o dobrado sustenido, o bemol, o dobrado bemol e o
bequadro.
OS ACIDENTES
Vejamos mais em detalhe o que cada um provoca.
SUSTENIDO
Representado pelo sinal , eleva a altura ou grau da nota em um semitom.
DOBRADO SUSTENIDO
Representado pelos sinais , ou eleva a altura ou grau da nota em dois semitons, ou seja, em um tom.
BEMOL
Representado pelo sinal , reduz a altura ou grau da nota em um semitom.
DOBRADO BEMOL
Representado pelo sinal , reduz a altura ou grau da nota em dois semitons, ou seja em um tom.
BEQUADRO
Representado pelo sinal , anula qualquer dos acidentes anteriores, fazendo a nota voltar à altura original.
ACIDENTE OCORRENTE
É o acidente que pertence apenas ao compasso em que está escrito. Veja a figura abaixo.
Num mesmo compasso, se após uma nota acidentada, houverem outras notas de mesma altura, elas serão
automaticamente acidentadas, sem que seja necessário escrever o acidente antes de cada uma. A figura abaixo
mostra isso.
Se em algum outro compasso aparecer uma outra nota de mesmo valor, que deva ser acidentada, o acidente deve
ser escrito normalmente. Assim:
Quando uma nota acidentada deve durar mais tempo que o compasso permite, ela é prolongada para os outros
compassos através da ligadura, conforme mostram as figuras abaixo.
Complemetando o conceito de semitom e para facilitar a didática, faremos uso da figura de um pedaço do teclado
de um piano, onde podemos ver todos os semitons.
Como vimos, o sustenido aumenta a nota em um semitom ou meio tom, como preferir. Vamos ver na figura do
teclado todos os sustenidos.
Como vimos também, o bemol diminui a nota em um semitom ou meio tom, como preferir. Na figura abaixo
veremos todos os bemóis identificados no teclado.
Note, olhando as duas imagens do teclado, que algumas notas recebem nomes diferentes para o som emitido pela
mesma tecla, dependendo do sentido em que se caminha por elas. Generalizando podemos dizer que se
aumentamos ou diminuímos a altura dos semitons eles sempre recebem o nome da nota anterior mais o nome do
acidente. Por exemplo: dó sustenido, ré sustenido, lá sustenido, lá bemol, si bemol etc.
Tomando como base o piano, podemos dizer que o som do DÓ sustenido é o mesmo som do RÉ bemol. assim como
o som do RÉ sustenido é o mesmo som do MI bemol. Esse mesmo fato se repete entre as notas FÁ sustenido e SOL
bemol, SOL sustenido e LÁ bemol, LÁ sustenido e SI bemol.
A diferença entre as notas MI e Fá e entre as notas SI e DÓ, já é de um semitom.
EXERCÍCIOS DE MEMORIZAÇÃO
1. Imprima este artigo e leve para onde for e leia-o muitas vezes.
2. Escreva numa folha pentagramada, as notas e os semitons.
3. Escreva numa folha pentagramada, todas as notas que caem nas linhas e seus respectivos nomes.
4. Escreva nessa mesma folha todas as notas que caem nos espaços e seus respectivos nomes.
5. Repita os dois exercícios anteriores só que escrevendo todas as notas acidentadas de forma crescente de
altura e seus respectivos nomes.
6. Repita o exercício anterior só que, desta vez, escrevendo todas as notas acidentadas de forma decrescente
de altura e seus respectivos nomes.
7. Faça a equivalência dos sons, das notas, seus respectivos nomes, graus e intervalos.
8. Estude até que isso se torne automático, até que não precise pensar para responder sobre a equivalência
dos sons, e os seus respectivos nomes, seus graus, e intervalos.
Muito importante! Não pense nas notas, nos semitons, apenas no sentido crescente de altura. Pense e pratique
também no sentido decrescente, para que tanto em qualquer sentido (crescendo ou decrescendo), possa saber
rapidamente a seqüência sem precisar parar para pensar. Você nem imagina o quanto isso lhe será importante mais
para frente. Exercitando bastante sobre estes conceitos, não encontrará dificuldade alguma quando for executar
uma música em seu instrumento. Acredite! Pode ser chato e cansativo, mas você vai se agradecer por ter seguido
essa dica e ter gasto horas e dias nestes exercícios.
Faça e refaça-os muitas, muitas e muitas vezes. Quando cansar pare, mas tão logo esteja descansado, retome.
Exercite-os sempre que puder e onde estiver. Faça em seqüências diferentes para que memorize de qualquer forma
que ler ou que lhe vier à cabeça.
No próximo artigo, daremos continuidade aos sinais de alteração. Até lá, e estude bastante, mas bastante mesmo!
MUUUITO!
Vamos caminhar um pouco mais no campo dos sinais de alterações.
Desta vez, apresentaremos outra forma de escrevermos os sinais de alterações.
Acidentes fixos são aqueles acidente que são escritos junto à clave, no início de cada pauta musical.
No exemplo abaixo, todas as notas "si" serão bemol, esteja em que altura estiver.
No exemplo abaixo, todas as notas "fá", "dó" e "sol" serão sustenidos, estejam em que altura estiverem.
No exemplo abaixo, todas as notas "fá", "dó", "sol", "ré" e "lá" da música, serão sustenidos, estejam elas em que
altura estiverem.
No próximo e último exemplo, todas as notas "si", "mi", "lá", "ré", "sol", "dó" e "fá" da música, serão bemóis,
estejam elas também, em que altura estiverem.
A seqüência dos acidentes ao lado da clave segue uma regra que estaremos abordando em outro artigo, mas
considere a ordem da esquerda para a direita, ou seja, comece a identificar os acidentes iniciando a paritr da clave.
ARMADURA
A armadura de clave é exatamente o conjunto de acidentes fixos que são escritos ao seu lado. Os exemplos acima
são todos de armadura.
Abaixo vemos um exemplo simples de armadura e como ela afeta as notas. Note que junto às notas não há
acidentes.
IMPOSTANTE:Não se preocupe em como é fomrada a seqüência dos acidentes na armadura. É assunto para outro
artigo e no momento exato será abordado. Nossa intenção foi a de passar o conceito de armadura ou acidentes
fixos.
Já vimos os acidentes ocorrentes, os fixos e agora veremos os de precaução, que, como o próprio nome nos faz
crer, sua função é a de chamar nossa atenção no momento da execução.
O acidente de precaução é usado apenas para evitar um erro "provável" de leitura.
Note na figura abaixo, que a armadura indica que todas as notas "si" devam ser bemóis". No entanto, na primeira
nota "si" há o acidente bequadro, que a faz retornar ao seu grau natural, ou seja, o "si". Já na segunda nota "si", a
armadura volta a prevalecer e o som a ser emitido é então o si bemol.
Já na figura seguinte, o "erro provável" é repetirmos o que acontece na primeira nota "si", ou seja, a executamos
como sendo um "si natural", ao invés do si bemol.
Na próxima figura, vemos que o acidente de precaução chama a atenção para a leitura e garante o "si bemol", que
a armadura indica.
Para chamar ainda mais a atenção ao acidente de precaução, é comum utilizá-lo entre parênteses, como mostra a
figura abaixo.
São dois os momentos mais interessantes para o uso dos acidentes de precaução:
1. O "erro" de leitura é comum na música que utiliza os acidentes fixos ou armadura, ao invés dos acidentes
ocorrentes.
2. Mas também é conveniente usar o acidente de precaução quando um acidente ocorrente aparece no início
de um compasso que possui muitas notas e a nota afetada aparece somente no fim do compasso.
Veja a figura abaixo. O último "lá" também é sustenido.
O "erro provável", é esquecer que o último "lá" do compasso também é sustenido e acaba por ser executado como
"lá natural", como vemos na figura abaixo.
O último lá do compasso é sustenido, garantido pelo acidente ocorrente do "lá" antecessor, existente no compasso.
Já na figura abaixo, o acidente de precaução chama a atenção para a leitura correta, impedindo o erro provável.
SUGESTÕES IMPORTANTES
1. Antes de tocar alguma música, leia a partitura!
2. Repare se há armadura ou apenas acidentes ocorrentes.
3. Se houver armadura ou acidentes ocorrentes, veja se existem os acidentes de precaução.
4. Se acaso não existirem os acidentes de precaução, anote-os você mesmo, para que não cometa erros na
leitura e atrapalhe a sua interpretação.
Como vimos em artigos anteriores, existem notas de mesma altura que recebem nomes diferentes e situações em
que recebem nomes iguais.
Essas situações recebem denominações especiais.
NOTAS ENHARMÔNICAS
Quando duas notas tem sons de mesma altura mas nomes diferentes são chamadas de notas enharmônicas.
Vejamos na figura abaixo a ilustração de notas enharmônicas.
Com base no piano, que é um instrumento de afinação fixa, as notas enharmônicas têm realmente a mesma altura
pois são tocadas nas mesmas teclas.
Obs.:

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