domingo, 15 de julho de 2012


Curso de Teoria
Musical
PARTE I - 1 - Propriedades do Som
Estamos iniciando o curso sobre Teoria Musical.
Vamos começar com o que há de mais elementar, mas que dará base sólida ao estudante que estará tendo os
primeiros contatos com o mundo da música.
Bons estudos!
A música é uma arte de expressão que utiliza o som. O som, através de suas propriedades, traduz e evoca
sentimentos e impressões.
O som possui quatro propriedades.
PROPRIEDADES DO SOM.
• Duração;
• Intensidade;
• Altura (Grau);
• Timbre. *
DEFININDO AS PROPRIEDADES DO SOM.
Duração - É o tempo de produção do som.
Intensidade - É o que determina se o som é mais fraco ou mais forte.
Altura (Grau) - É o que determina ser um som mais grave ou mais agudo.
Timbre - É o que nos permite determinar o que deu origem ao som e é por ele que distingüimos o som do violino,
do piano, da flauta, da voz humana ou de qualquer outro instrumento, por mais pitoresco que esse possa vir a ser.
Para que uma música seja executada com fidelidade de expressão essas propriedades tem de ser representadas na
escrita musical.
REPRESENTAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO SOM NA ESCRITA MUSICAL.
Duração - Pelas figuras utilizadas na música escrita e definições passadas pelo autor;
Intensidade - Pelas indicações de dinâmica, inseridas na música escrita;
Altura - Pela posição da nota na música escrita.
Timbre - Pela indicação da voz ou instrumento que deve executar a música.
A música também possui seus elementos.
ELEMENTOS DA MÚSICA.
• Ritmo;
• Melodia;
• Harmonia;
• Timbre. *
DEFININDO AS PROPRIEDADES DA MÚSICA.Ritmo - Elemento primordial e provém da noção de duração. Em
outras palavras, é uma forma ordenada e regular de medir o tempo.
Melodia - É formada por uma sucessão de sons que variam de acordo com a duração, altura e intensidade. É
subordinada ao ritmo e tem sua origem nas inflexões da palavra, nas exclamações, nos gritos, no silêncio ou no
sentimento ou impressão que se procura exprimir.
Harmonia - É a ciência dos sons expressos simultaneamente. Não se deve confundir com polifonia, da qual
provém. Polifonia, para completar, tem por base o acorde, que é um conjunto de sons simultâneos provenientes de
um mesmo som gerador.
Timbre - Além de ser uma propriedade do som, representando a diferença de impressão que existe entre dois sons
de duração, altura e intensidade iguais. Tem importância considerável do ponto de vista da cor, do som.
Observação: - O som de alguns instrumentos de percussão não tem altura como por exemplo a castanhola,
bombo, tambor etc.
PARTE I - 2 - Figuras Musicais
Para explicarmos com mais precisão as figuras musicais teríamos de mencionar outras definições que ainda não
foram citadas. Todas essas explicações dependem ou envolve outras e vice-versa, mas isso dificulta muito o
entendimento, especialmente daquele que está tomando os primeiros contatos com o mundo da música, então
vamos abordar essas definições separadamente e de maneira paulatina, não mencionando outras definições, até
que todas estejam comentadas e daí retomaremos estes assuntos, só que desta vez relacionando-as, todas. Vamos
lá.
O som é representado na escrita musical, a princípio por dois elementos gráficos. Esses elementos gráficos ou
figuras musicais representam a duração do som propriamente dito e representam também a duração do silêncio
ou pausa. Lembre-se que a Duração é uma propriedade do som, visto no artigo anterior.
Explicando melhor, um som pode ser representado graficamente através de uma figura e o silêncio ou pausa por
outra figura.
A princípio, na verdade, uma figura musical representa a "Duração de tempo" em que um determinado som deve
ser emitido ou então o período de tempo que o silêncio ou a pausa deve ser mantida.
A figura musical que representa um som, recebe a classificação de positivo e a figura musical que representa o
silêncio ou pausa recebe a denominação de negativo.
Importante dizer que, a cada figura musical positiva, existe uma figura musical negativa relacionada, cujo valor ou
duração é exatamente o mesmo.
NOTA MUSICAL
Para que a figura musical possa ser chamada de nota ela deve preencher outros requisitos que serão mencionados
depois. Por hora, ela é apenas e tão somente uma figura musical.
Vale lembrar também que nota musical é um som expresso graficamente apenas. O que nós ouvimos são sons aos
quais relacionamos às notas que são escritas graficamente e que recebem nomes, mas tudo isso vamos conhecer
mais tarde.
FIGURAS MUSICAIS
Vamos apresentar as figuras musicais, positivas e negativas e seus respectivos nomes e valores.
Nome positivo Figura Nome negativo Figura Duração
breve
pausa de breve
maior valor
semibreve
pausa de semibreve
valor referência - metade da breve
mínima
pausa de mínima
metade da semibreve
semínima
pausa de semínima
metade da mínima
colcheia
pausa de colcheia
metade da semínima
semicolcheia
pausa de semicolcheia
metade da colcheia
fusa
pausa de fusa
metade da semicolcheia
semifusa
pausa de semifusa
metade da fusa
quartifusa
pausa de quartifusa
metade da semifusa
As figuras acima, cujos nomes estão em destaque, na música popular contemporânea deixaram de ser utilizadas,
mas são encontradas na música clássica e na música erudita.
EXPLICANDO A FIGURA MUSICAL
Com exceção das figuras negativas, ou relacionadas ao silêncio e também as figuras musicais chamadas breve e
semibreve, todas as demais tem algumas características comuns e que recebem as mesmas denominações.
Essas figuras musicais são divididas em três partes que são: cabeça, haste e bandeirola. Para exemplificarmos
melhor o que estamos dizendo, tomamos emprestada a figura musical colcheia.
As figuras musicais aparecem escritas de duas formas: Com a haste e a bandeirola (ou colchete) voltadas para cima
ou com a haste e a bandeirola (ou colchete) voltadas para baixo, assim:
ou
ou
Essa variação na posição com que as figuras positivas são escritas não altera seu nome ou valor, apesar de haver
uma razão, que veremos mais adiante, mas absolutamente não há qualquer diferença. tanto uma quanto a outra
representa o mesmo som, com a mesma Duração.
Uma observação importante é que, nenhuma das figuras positivas que possuam haste e bandeirola (ou colchete)
devem se parecer com o número 6 ou com o número 9. Não se esqueça disso!
Acreditamos que, por enquanto, é o que tínhamos a dizer à cerca das Figuras Musicais, contudo os textos passarão
por permanente revisão, assim sendo será conveniente fazer uma releitura de tempos em tempos pois outras
informações podem ser incluídas ou alteradas para que fique mais completo e elucidativo.
Como exercício, propomos, que copie as Figuras Musicais e escreva seus nomes e valores em uma folha
inteiramente em branco, sem pautas ou linhas, até que as figuras musicais e suas classificações se tornem naturais
para você. Quando isso acontecer, você terá memorizado as; Figuras Musiais.
PENTAGRAMA
O Pentagrama é um conjunto formado por cinco linhas paralelas que possuem a mesma distância entre si, ou seja,
equidistantes, como mostra a figura 1.
figura 1
Numa mesma página, podem haver quantos pentagramas forem necessários, todos separados por um espaço em
branco maior que a altura do pentagrama utilizado.
A maneira de se referir à essas linhas é numerando-as e isso é feito de baixo para cima, como mostra a figura 2.
figura 2
Os quatro espaços existentes entre as linhas do pentagrama também são utilizados e numerados de baixo para
cima. A figura 3 mostra exatamente isso.
figura 3
Linhas e Espaços Suplementares
As 5 linhas e os 4 espaços podem não ser suficientes para que possamos representar todos os sons de uma música.
Para contornar isso, é utilizado, apenas quando necessário, linhas e espaços denominados de suplementares. Veja
na figura 4 as suas representações.
Para que possamos expressar todos os sons necessários, podemos usar tantas linhas suplementares quantas forem
necessárias.
Esse conjunto de linhas poderiam ser mais de 5, de forma a podermos colocar todos os sons mas se houvessem
mais linhas e espaços (como já houve), dificultaria muito a visualização e deixaria a notação musical muito confusa.
figura 4
Linhas e Espaços Suplementares Superiores
Essas linhas e espaços suplementares são utilizados acima da 5ª linha do pentagrama, também de maneira paralela
e equidistante, como mostra a figura 5.
figura 5
Linhas e Espaços Suplementares Inferiores
Essas linhas e espaços suplementares são utilizados abaixo da 1ª linha do pentagrama, também de maneira
paralela e equidistante, como mostra a figura 6.
figura 6
Vamos conhecer cada uma delas de maneira mais específica.
Linhas Suplementares Superiores
A maneira de numerar as linhas suplementares superiores, segue a mesma regra aplicada às linhas do
pentagrama, ou seja, de baixo para cima, mas recomeçando a partir da 5ª linha do pentagrama.
Fica assim: Acima da 5ª linha do pentagrama temos a 1ª linha suplementar superior e assim sucessivamente,
conforme podemos verificar na figura 7.
figura 7
Espaços Suplementares Superiores
O mesmo acontece com os espaços suplementares superiores. Imediatamente após a 5ª linha do pentagrama,
temos o 1º espaço suplementar superior, como mostra a figura 8.
figura 8
Linhas Suplementares Inferiores
A maneira de numerar as linhas suplementares inferiores, segue a ordem inversa à regra aplicada às linhas do
pentagrama, ou seja, de cima para baixo, mas começando a partir da primeira linha do pentagrama.
Fica assim: Abaixo da 1ª linha do pentagrama temos a 1ª linha suplementar inferior e assim sucessivamente,
conforme podemos verificar na figura 9.
figura 9
Espaços Suplementares Inferiores
O mesmo acontece com os espaços suplementares inferiores. Imediatamente abaixo da 1ª linha do pentagrama,
temos o 1º espaço suplementar inferior, como mostra a figura 10.
figura 10
Concluindo
São nessas linhas e espaços que escrevemos as figuras musicais, vistas no artigo anterior.
Mais para frente veremos como são utilizadas essas linhas e espaços adicionais. Por hora é suficiente saber de suas
existências.
Agora já sabemos o que é um pentagrama, para que serve e como identificá-lo e definí-lo. Vamos começar a incluílo
no contexto musical.
Muitos consideram o Pentagrama e a Pauta Musical um mesmo fundamento, mas existem diferenças que serão
abordadas tão logo definamos outros conceitos, que ainda não foram vistos.
Aqui no saibamusica você encontrará em "Downloads", uma página pautada que você poderá baixar em seu
computador e imprimir sempre que precisar.
Acreditamos que, apesar de bastante fácil e simples, esse assunto deva ser tratado da mesma maneira como os
demais, com seriedade. Conforme as outras definições básicas forem sendo expostas, estaremos revendo e
relacionando os assusntos já tratados.
Para prosseguirmos definindo os conceitos básicos da Teoria Musical, precisamos falar e definir os sons que
compõem todas as músicas.
A partir de agora esses conceitos estarão, tão interligados, que será simplesmente impossível falar de um, sem
mencionar qualquer outro.
Vamos adiante então com mais um desses conceitos, para podermos mergulhar dedinitivamente no mundo musical.
Começando com nossa caminhada, podemos dizer que os sons musicais recebem nomes diferentes de acordo com a
sua altura.
Os nomes são: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ e SI
Esses mesmos nomes se repetem de 7 em 7, simultaneamente à mudança de suas alturas, como mostra a figura
1.
Figura 1
MUITO IMPORTANTE: Não confunda, em hipótese alguma, altura com volume. Volume está diretamente
relacionado com a intensidade. Esta é uma confusão comum no início, portanto se tiver dúvida, leia novamente o
primeiro artigo do curso.
Se você tem acesso a um piano ou teclado pode identificar os sons nas teclas brancas, na seqüência mostrada na
figura 2.
Figura 2
Vamos entrar agora no mundo musical propriamente dito, começando a dar forma ao que foi dito anteriormente,
relacionando os conceitos vistos.
Este assunto é simples, contudo de extrema importância, pois é um fundamento da escrita músical.

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